Estilos de Aprendizagem
Hey! Gurizada, me respondam uma coisa: alguma vez vocês já pararam para pensar
em como os estudantes aprendem? Bom, podemos dizer que a aprendizagem e o comportamento emergem de uma interação entre o ambiente, a experiência prévia
e o conhecimento do aluno. Faz sentido, não é? Se eu bem me lembro, já devo ter dito aqui o quanto interação é
importante, caso não se lembrem, vou dizer de novo: interação é muito, muito, muito importante!
Partindo da premissa de que cada um aprende de uma forma diferente,
temos então os estilos de aprendizagem, que são abordagens individuais utilizadas
para perceber, apreender, processar, organizar e transformar a informação. Os principais estilos de aprendizagem são divididos em teorias
unidimensionais e bipolares. Cada modelo teórico tem sua
especificidade, que resulta em múltiplas dimensões. Há dimensões similares, mas que recebem
nomes diferentes.
Obs.: Existem muitos estilos de aprendizagem, mas vamos abordar apenas os mais importantes. O material a seguir foi retirado dos
slides que vi em sala de aula, então está exatamente igual ao que estava nos
slides, no entanto, para o melhor entendimento de vocês e também meu, acrescentei
algumas explicações a mais, então bora lá, vamos começar com as duas teorias unidimensionais:
Honey Alonso (1997) – Baseado no desenvolvimento do adulto (processos de seleção/mundo empresarial): Ativo, Reflexivo, Teórico, Pragmático. Define as pessoas dentro dessas
dimensões, por exemplo, o indivíduo ativo aprende através da ação, ele é
proativo quando se trata da busca de sua construção cognitiva. Já o reflexivo, pensa mais, reflete mais sobre suas abordagens, isto é,
sobre como ele aprende e etc. O teórico por sua vez, é um pouco
similar ao reflexivo, pois gosta de usar teorizações para aprender e agir. E por fim, o pragmático é mais desligado das questões teóricas, ele é
mais prático e gosta de interagir.
Kolb (1984) – Baseado no desenvolvimento do adulto. Orientado para as experiências pessoais de formação e percurso
profissional: Acomodador; Divergente, Assimilador e Convergente. Acomodador, como o próprio nome já diz, se refere a aquelas pessoas que
se acomodam muito bem em uma rotina, sendo então o oposto do divergente, que
vem a ser aquele que não fica satisfeito só com o conteúdo que estão passando a
ele, portanto vai questionar muito mais. O assimilador, adivinhem? Exato! Ele tem mais facilidade em assimilar
novas tarefas e executá-las facilmente. E convergente, refere-se a pessoas que se
dirigem para um ponto comum a um outro, elas convergem suas habilidades e fazem
muitas associações na vida, do tipo “Ah olha, isso aqui tem a ver com tal
coisa que aprendi ontem”, sendo assim, concluímos que seu grau
de assimilação também é muito bom.
Essas múltiplas dimensões não são totalitárias,
não existe nenhuma pessoa 100% ativa ou reflexiva, o que pode haver é
uma inclinação maior para um dos lados, isto é, a pessoa pode se identificar mais
com uma teoria do que com a outra.
Até aqui tudo belezinha? Vou supor que responderam sim então perfeito, vamos falar agora das teorias bipolares, que se referem a identificação de
estilos com pares de dimensões. E nessa vibe vamos conhecer a teoria de Nunan (vou começar por esta porque eu fiz em tópicos bonitinhos e quero colocar aqui logo).
Ficou um amor, né non?
O segundo modelo teórico é o de Keirsey
e Bates (1984) – orientação do indivíduo em relação aos
diversos contextos da vida pratica e nas relações interpessoais.
–Identificar suas fontes de motivação e
energia (Extrovertido/Introvertido);
–Descobrir como você adquire informação (Sensorial/Intuitivo);
–Mostrar como você toma decisões e se
relaciona com os outros (Racional/Emocional);
–Revelar sua forma de trabalho (Estruturado/Flexível).
E por último, mas não menos
importante, na verdade bem mais importante, por isso deixei para o final, temos
o modelo teórico de Felder e Silverman (1988) – orientado para o processo de
aprendizagem.
–Indicar como é feita a PERCEPÇÃO da informação (Sensorial/Intuitivo);
–Identificar o modo de RETENÇÃO da informação (Visual/Verbal);
–Revelar o modo de PROCESSAMENTO da informação (Ativo/Reflexivo);
–Mostrar a forma de ORGANIZAÇÃO da informação (Sequencial/Global).
Quando se faz um planejamento
que contenha estratégias de ensino para os diferentes estilos de aprendizagem
de cada estudante, amplia-se a chance de alcançar um melhor resultado, aliado a
isso, quanto mais estímulos sensoriais foram usados para aprender, melhor! Ok, pode parecer complicado, mas na verdade é bem simples, então vejam
só as principais características de cada grupo e uma sugestão da forma ideal de
ensiná-los:
Visuais
• Lembram-se mais daquilo que veem
• Lembram-se mais daquilo que veem
• Têm bom aproveito de figuras,
diagramas, fluxogramas, demonstrações, filmes, esquemas e gráficos.
Verbais
• Lembram-se mais daquilo que leem
e ouvem (ainda mais daquilo que ouvem e repetem)
• Têm bom aproveito de
discussões e textos.
O ideal: optar por um estilo de apresentação que inclua recursos visuais e
verbais.
Sensoriais
• Obtém a informação externamente, através dos sentidos
• Obtém a informação externamente, através dos sentidos
• Observação e manipulação
• São observadores, metódicos e
cuidadosos.
Intuitivos
• Obtêm a informação através de
percepção indireta pelo inconsciente
• Especulação e imaginação
• São inovadores, curiosos,
inclinados a irem além dos fatos, através de interpretação e teoria.
O ideal: apresentar o conteúdo através de informações concretas – fatos, dados, fenômenos observáveis (sensoriais) e conceitos abstratos – princípios, teorias, modelos matemáticos (intuitivos).
Ativos
• Processam a informação
externamente, através da experimentação ativa
• Aprendem melhor através de
discussão e teste do conteúdo
• Aprendizado interativo
• Trabalham bem em grupos.
Reflexivos
• Processam a informação
internamente, por observação reflexiva
• Aprendem melhor através de
avaliação, exame e manipulação do assunto
• Aprendizado introspectivo
• Trabalham melhor
individualmente
O ideal: Alternar as explanações verbais com pausas para discussão ou atividades
(ativos) e para a reflexo (reflexivos); utilizar materiais que enfatizem tanto problemas práticos com
teóricos. Propor trabalhos em grupo e atividades brainstorming.
Sequenciais
• Aprendem em uma progressão
logicamente ordenada
• O aprendizado ocorre de forma
linear
• Apresentação das partes para o
todo
Globais
• Aprendem em lampejos e estalos
“a lâmpada, de repente, acende”
• O Aprendizado ocorre de
maneira holística
• Apresentação do todo para as
partes
O ideal: Tudo o que é necessário para atingir os alunos sequenciais, já é feito
desde as séries iniciais – o currículo, a ementa dos cursos, os livros e a
maior parte das aulas são apresentadas de forma sequencial. O aluno global
costuma ter uma experiência escolar difícil, mas podem ser engenheiros
extraordinários quando sobrevivem ao processo educacional. Por isso, é
importante sempre apresentar o objetivo da lição, dar a visão global,
estabelecer conexões com o contexto, apresentar aplicações. Deve ser dada a
liberdade para os alunos optarem por seus próprios métodos de resolução de
problemas, propor soluções alternativas, expor novos conceitos.
Minha super recomendação neste post é o vídeo: Projeto Âncora (Brasil) – Escolas inovadoras >>>SÉRIO, ASSISTAM<<< E por hoje é isso, vlw flws ♦
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